Uma aula de História – “Das comunidades recoletoras às comunidades agropastoris”
Os primeiros grupos de homens e mulheres que habitaram a Península Ibérica viviam em comunidades: grupos de vinte a quarenta pessoas que partilhavam entre si os abrigos, a comida, os utensílios e os perigos. Para se protegerem do frio e dos animais ferozes refugiavam-se em grutas e outros abrigos existentes nas rochas. As peles de animais também serviam para se vestirem. As cenas de caça eram gravadas e pintadas nas paredes das grutas onde viviam. A estas gravuras e pinturas chamamos arte rupestre. Estas comunidades viviam da pesca, da caça, e da recoleção, eram por isso povos recoletores. Quando os recursos naturais de um local escasseavam tinham que procurar um novo local com mais frutos e mais animais para sobreviverem. Diz-se então que eram nómadas. A descoberta do fogo permitiu defenderem-se melhor dos animais ferozes, para se aquecerem e assarem os animais.
Há cerca de 10000 anos a temperatura subiu, os gelos fundiram-se e o clima tornou-se quente e seco. Os animais de clima frio desapareceram e surgiram novas espécies vegetais e animais. As comunidades agropastoris já praticavam a agricultura, a pastorícia e a domesticação de animais. Como viviam perto das terras que cultivavam deixaram de precisar de se deslocar constantemente, tornando-se assim sedentários. Começou a haver uma maior abundância e diversidade de alimentos o que originou os primeiros povoados. Desenvolveram a cestaria, a cerâmica, a moagem e a tecelagem. Novos utensílios foram inventados como a foice, a enxada de pedra, o arado de madeira, a mó manual, e deu-se maior uso da roda. Nesta época surgem vários monumentos em pedra como antas, ou dólmenes, e os menires.
Os alunos do 5º 5 – Ana Garcia Martins, Luís Serra e Salvador Monteiro
Uma aula de História – Dos recoletores aos agropastoris.mov
A Equipa de Comunicação e Divulgação,
Carla Nunes, Júlio Diamantino, Paulo Duarte, Tiago Sousa